Brega é considerado por muitos como gênero musical, mas, sua conceituação como estética musical tem sido um tanto difícil uma vez que não há um ritmo musical propriamente "brega", por isso é alvo de discussões por estudiosos e gente do meio musical. Inicialmente, o termo designava um tipo de música romântica, com arranjo musical sem grandes elaborações, e com bastante apelo sentimental, fortes melodias, letras com rimas fáceis e palavras simples, muitos a consideram como uma música supostamente de "mau gosto" ou "cafona". Muito desse preconceito deriva de um discurso limitado e superficial de pessoas que se dizem especialistas musicais e pela Mídia, e que a música Brega seja ela um gênero, um subgênero ou outra uma coisa, são canções que expressão pensamentos e romantismos recheados de significados que fazem que milhares de ouvintes se identifiquem com tal melodia, canção ou até com a própria letra musical.
A música popular afirmava assim como grande canal de expressão de uma ampla da camada população brasileira que, neste sentido, não ficou calada, se prenunciou através de sambas, boleros e, principalmente, baladas.
Como interpretes de bolero se destacam naquele período os cantores Waldick Soriano, Nelson Ned, Lindomar Castilho e Cláudia Barroso, que seguem a tradição da influência hispânica que se faz presente no Brasil desde a década de 40. Um outro grupo vai trilhar a linha do samba, ou “sabão-jóia”, como pejorativamente eram tachados na época: Benito di Paula, Luiz Aryrão, e Wando (que até 1978 ainda não havia aderido de vez o estilo de baladas românticas). E um terceiro grupo, que engloba a maior parte destes cantores populares, vai ser expressar através de ritmo da balada, e tem entre seus principais representantes Paulo Sérgio, Evaldo Braga, Agnaldo Timóteo e outros, que são continuadores de um estilo romântico consagrado por Roberto Carlos e a turma da jovem guarda nos anos 60.
Porém a palavra brega, usada para designar esta vertente da canção popular, só começou a ser utilizada no início da década de 80. Ao longo da década de 70 o termo usado até então era a palavra “cafona”.
Na década de 90, uma série de artistas passou a assumir seus ritmos musicais como "bregas". Um dos mais notórios foi Reginaldo Rossi, auto-proclamado "Rei do Brega". Dentro da tradicional linha romântico popular, Reginaldo Rossi mantinha-se como uma espécie de "contraponto nordestino" para Roberto Carlos, inclusive se apropriando do título de "rei" que já acompanhava o companheiro de Jovem Guarda. A canção "Garçom" transformou-o subitamente em sensação no Sudeste, ajudando a detonar uma onda de reavaliação do brega.
Inclusive, ainda no final dos anos 90 e inicio da década seguinte, surgiu uma mania, onde vários artistas de âmbito nacional, de outros gêneros, começaram a re-gravar grandes sucessos musical de cantores Bregas, como Falcão, Caetano Veloso - o cantor baiano, que já havia gravado em 1982 a canção "Sonhos", de Peninha, re-gravaria em 2004 "Você não me ensinou a te esquecer", famosa canção de Fernando Mendes. Nos anos 2000, outros "cafonas" receberam reconhecimento, como Odair José, que ganhou álbum-tributo do qual participam Pato Fu, Mundo Livre S/A e Zeca Baleiro.
Grupos como o paulistano Vexame e o carioca Os Copacabanas, especializaram-se em re-gravar sucessos do repertório popular "cafona" de Amado Batista, Vando e Reginaldo Rossi. Pelo lado do pastiche e da sátira, estes grupos algum sucesso dentre platéias mais intelectualizadas no Sudeste brasileiro. Na mesma linha, o cearense Falcão e, principalmente, os paulistas Mamonas Assassinas obtiveram grande êxito comercial.
A mídia sempre restringiu espaços para o Brega, principalmente a mídia do SUL e SUDESTE do país, porém essa restrição não impediu que o Brega de se tornar popular.
Agora que você sabe o que é brega, vamos curtir juntos o show do cantor Mendes Maranhão que acontecerá em São Luís no próximo mês, no lançamento do seu 2º Cd "Vai dar tudo certo".
Envie seus comentários para no email: mendesmaranhao2012@gmail.com
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